E assim nos parece ser, nascemos e morremos.
Por isso precisamos dar um princípio ao Mundo, mas que principio poderá ser razoável imaginar?
Estamos cá para ser e não sabemos como.
E se realmente o Infinito existe? E se não existe um princípio e um fim, mas uma eterna existência, um continuum, uma passagem de um estado para outro, e assim continuamente.
Por isso só nos resta o Agora, este aqui onde estamos, seja de que forma for, este aqui que respiramos e partilhamos sozinhos ou acompanhados.
Neste Agora, somos imensa coisa, e tanto do que somos nem desconfiamos.
Sinto pena por tantas vezes não conseguir desconfiar, porque é muito fácil estar errado sobre o que pensamos ser certo e ser regra.
Por isso pensar é mesmo o melhor que podemos fazer. Não há pensar demais. Existe sim criticar a mais, falar de mais, mas pensar e reflectir, principalmente antes de agir, faz falta. O silêncio da reflexão, o silêncio que permite que as lágrimas caiam ou que o sorriso subtil surja…
Cineastas, músicos, fotógrafos, artistas da alma e coração, procuram por tantos meios captar esse silêncio, porque o sentiram já e sabem o quanto nos fala, o quanto sustém, esse simples silêncio.
Por vezes dói, e talvez por isso o evitamos, mas não permitir que nos envolva e seduza é virar as costas a um céu de fogo e imensamente belo.
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